terça-feira, 29 de março de 2016

Rainha nega se posicionar sobre saída do Reino Unido da UE

 

 

 
Uma reportagem do tabloide "The Sun" baseada em uma fonte anônima obrigou o Palácio de Buckingham a se pronunciar nesta quarta-feira (9) para negar que a rainha Elizabeth II seja "eurocética".
A matéria, que ocupa toda a primeira página do jornal britânico, diz que a soberana expressou claras posições contrárias à permanência do Reino Unido na União Europeia durante um almoço em 2011 no Castelo de Windsor. Na ocasião, a monarca teria feito uma "reprimenda" ao então vice-primeiro-ministro Nick Clegg, um europeísta convicto.
Após a divulgação da reportagem, o Palácio de Buckingham veio a público para afirmar que não comentaria "boatos infundados" e para recordar a "absoluta neutralidade política" da monarquia. O próprio Clegg também contou que não se lembra desse episódio. Segundo o "Sun", Elizabeth II teria dito que Bruxelas estava caminhando "na direção errada".
Além do comunicado, a realeza entrou com uma ação contra o tabloide no órgão independente que monitora a atividade da imprensa no país. No próximo mês de junho, os britânicos irão às urnas para decidir se o Reino Unido deve ou não continuar na União Europeia, após o primeiro-ministro David Cameron ter chegado a um acordo com Bruxelas para mudar o status de Londres no bloco.
O pacto prevê que o governo britânico possa ativar por sete anos o chamado "freio de emergência" no acesso ao seu sistema de bem-estar social por parte de imigrantes que entrarem no país para trabalhar. Atualmente, o usufruto dos benefícios aumenta gradualmente por um período de quatro anos.
Além disso, o Reino Unido conseguiu que, na próxima revisão dos tratados europeus, seja inserido um parágrafo no qual estará escrito explicitamente que ele está excluído do conceito de "união cada vez mais estreita", o princípio fundador da comunidade europeia.

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