quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Papa intermediou aproximação entre EUA e Cuba

 

 
O papa Francisco foi um dos principais intermediários do diálogo entre EUA e Cuba. O papa conversou com o presidente americano Barack Obama no Vaticano em março passado sobre a normalização das relações entre os dois países e ainda mandou cartas pedindo a liberação dos presos cubanos nos EUA e do americano Alan Gross em Cuba.
"Quero agradecer particularmente à Sua Santidade, o papa Francisco, por demonstrar com seu exemplo moral, a importância de se lutar por um mundo como ele deveria ser, não como ele é", disse Obama em pronunciamento nesta quarta (17). O ditador cubano, Raúl Castro, também agradeceu "as gestões do Vaticano, especialmente do papa Francisco", em pronunciamento na TV estatal cubana.
O papa Francisco expressou nesta quarta-feira uma "viva satisfação" pela decisão histórica dos governos de Cuba e Estados Unidos de avançarem rumo à normalização de suas relações diplomáticas. Segundo um comunicado da Secretaria de Estado do Vaticano, o pontífice elogiou a reaproximação entre os dois países, "com o objetivo de superar, em nome do interesse de seus respectivos cidadãos, as dificuldades que marcaram suas histórias recentes".
Segundo fontes da Casa Branca, as negociações começaram em junho de 2013. Foram feitas diversas reuniões entre delegações de EUA e Cuba no Canadá, e o último encontro foi no Vaticano.
Na mesma conversa da Casa Branca com jornalistas, um assessor presidencial revelou que várias medidas nos últimos anos já indicavam uma maior abertura do governo Obama em relação a Cuba, mas a prisão de Gross era um "impedimento" para maior diálogo. A partir de sua libertação, ocorrida esta manhã, o governo americano decidiu reatar relações diplomáticas com Cuba e reabrir embaixada em Havana, na maior mudança diplomática com a ilha desde 1961.
 

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