segunda-feira, 2 de junho de 2014

JULIO ANGUITA QUER O FIM DA MONARQUIA ESPANHOLA


 
O ex-coordenador da Izquierda Unida (IU), Julio Anguita, disse hoje que a decisão do rei Juan Carlos, que vai abdicar em nome do filho Felipe, "é uma nova imagem de um produto que já está podre".
Julio Anguita disse à EFE que a decisão do rei hoje anunciada pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy "é uma manobra para que a oligarquia do franquismo continue a ser representante do poder".
O antigo coordenador da IU recordou que acontece dias depois do antigo chefe de governo socialista, Felipe Gonzalez, sugerir um governo de coligação entre o PP e o PSOE e depois das eleições de 25 de maio, em que os dois partidos "perderam apoio", e após os "escândalos que envolvem a coroa".
Segundo Anguita, os interesses económicos, políticos e sociais de Espanha "precisam de relançar o bipartidarismo sobre bases mais elevadas".
Sobre o sucessor de Juan Carlos, o ex-coordenador da Izquierda Unida disse que "vai ser um rei jovem, que fala línguas, não está ligado a nenhum ato de corrupção e que traz a ilusão de que alguma coisa pode mudar", apesar das "oligarquias que vão continuar a governar".
"É uma nova imagem de um produto que já está podre", disse ainda Julio Anguita, que prevê que o "efeito Don Felipe" vai diluir-se "ao fim de um ano".
Anguita sublinhou também que a oligarquia vai exigir "uma lei de ponto final" que vai por fim a processos judiciais de corrupção e escândalos financeiros como o caso Noos, o caso ERE e o caso Gurtel, porque, acrescentou, "se estes processos seguem em frente, o regime da 'transição' acaba por afundar-se".

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