quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Julgamento da Infanta Cristina faz periclitar ainda mais a monarquia espanhola

 

 
“Fora com a coroa!” Palavra de ordem gritada durante uma manifestação antimonárquica, frente ao tribunal de Palma de Maiorca, no qual decorre a audiência da Infanta Cristina, de Espanha.
Muitos espanhóis estão cansados dos escândalos da família real e este caso de desvio de fundos e de fraude fiscal, de que são acusados a Infanta e o seu marido, é mais uma acha na fogueira dos manifestantes.
“Viemos reivindicar que se a Infanta e o marido tiverem de ser presos, então que sejam realmente presos. É por isso que vim, simbolicamente, com esta gaiola [enfiada na cabeça]”, explica um manifestante.
A Infante Cristina e o marido, Iñaki Urdangarín, são acusados de terem utilizado o dinheiro da sociedade que detêm, Aizoon, para pagar despesas pessoais, como as obras de renovação da vivenda de Barcelona, avaliada em seis milhões de euros.
O grande problema é que a Aizoon é uma sociedade alimentada pelo erário público. O escândalo rebentou em 2011, numa altura de crise em que a austeridade era rainha e os espanhóis eram chamados a apertar o cinto.
Ainda no mesmo contexto, mas em 2012, surge então o escândalo das caçadas em África, quando o povo ficou a saber das escapadas de Juan Carlos, ao Botswana, para caçar elefantes.
Os espanhóis começam agora a achar que a monarquia está a tornar-se um enorme elefante branco.

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