quarta-feira, 23 de outubro de 2013

SÉRVIA QUER EVITAR BANCARROTA E PEDE EMPRÉSTIMOS AOS EMIRADOS ARABES UNIDOS

O vice-primeiro-ministro sérvio, Aleksandar Vucic, revelou no domingo, em entrevista ao canal de televisão PRVA, que o executivo vai recorrer a um empréstimo de cerca de 736 milhões de euros dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
Citado pelo Financial Times, Vucic afirmou que o dinheiro deve chegar antes do final de 2013 e avisou que o país pode entrar em bancarrota se não der “passos urgentes para reduzir a despesa do sector público”.
O vice-primeiro-ministro do executivo sérvio espera receber o empréstimo a uma reduzida taxa de juro, sendo que poderá pedir mais ajuda (2000 ou 3000 milhões de dólares, ou seja, 1474 milhões ou 2212 milhões de euros) até final de 2014. De acordo com Vucic, que tomou posse em Julho de 2013, “metade dos 1000 milhões de doláres será usada para pagar alguma da mais pesada dívida externa para baixar o fardo das taxas de juro no orçamento”. A restante parcela será para injectar na economia.
O Fundo Monetário Internacional congelou uma verba correspondente àquela que a Sérvia pede agora aos EAU depois de o Governo ter desrespeitado as metas do défice e da dívida quando se aproximava o período eleitoral.
Para conseguir uma recuperação económica, Aleksandar Vucic já apontou para um caminho “difícil e não populista” enquanto avisava para a necessidade de “reduzir os salários do sector público, começando pelo dos políticos”. O vice-primeiro-ministro considerou ainda que o empréstimo de Abu Dhabi pode ser considerado “uma prenda”, tendo em conta a reduzida taxa de juro e as condições de pagamento da dívida.
Apesar das projecções do governante sérvio, os analistas não consideram que a Sérvia se encontre em risco iminente de incumprimento e vêem estas afirmações como manobras de política interna.
A Sérvia apresentou em 2009 a candidatura para aderir à União Europeia. Já neste Verão, Belgrado contratou os serviços do antigo director do FMI Dominique Strauss-Kahn como conselheiro na área das finanças para ajudar o Governo sérvio a endireitar as contas.

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