sábado, 19 de outubro de 2013

Presidente Cabo Verde exorta comunidades no Benelux a serem "embaixadores" do país

 
O Presidente da República de Cabo Verde exortou hoje, em Roterdão, Holanda, as comunidades cabo-verdianas na Europa a serem “embaixadores” do país e “um bom rosto do país”, integrando-se nas sociedades onde vivem, mas sem esquecer as suas raízes.
Mundo

Jorge Carlos Fonseca, que hoje à noite manteve um longo encontrou com a comunidade cabo-verdiana em Roterdão – uma das mais significativas na Europa -, referiu que a principal mensagem que deixa aos emigrantes é que estes devem ser o “rosto” de Cabo Verde no exterior, sendo profissionais no seu trabalho, participando ativamente nas sociedades onde estão inseridos, mas ajudando também o seu país de origem através de "investimento direto e aplicação das suas poupanças”.
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Dessa forma, indicou, é possível participarem “no processo de desenvolvimento do país, da sua ilha de nascimento ou do conselho onde nasceram”, respondendo assim também a questões nesse sentido colocadas por alguns emigrantes durante o período de perguntas e respostas do encontro realizado no World Trade Center de Roterdão, com sala cheia.
“O país está a desenvolver-se, o país está a crescer, o país que temos hoje não tem nada a haver com o país que nós herdámos da independência. O país é hoje uma democracia muito respeitada e credibilizada em África, na Europa, na América, em todo o lado. O que as comunidades devem fazer é serem, no país onde estão, embaixadores de Cabo Verde, serem o rosto, e um bom rosto do nosso país”, disse.
Segundo o chefe de Estado, tal pode ser alcançado se forem “bons trabalhadores, bons empresários, bons médicos, bons quadros, e também participarem ativamente nas sociedades onde estão integradas, socialmente, culturalmente e, se possível, politicamente”, pois “essa também é uma forma de uma sua melhor integração, e seria também um elemento importante para reforçar as relações com as autoridades da Holanda, do Luxemburgo e da Bélgica”, os três países do Benelux, que visitou nesta sua deslocação à Europa.
Jorge Carlos Fonseca comentou que não é por acaso que, mesmo não estando “numa visita de Estado, mas sim de trabalho”, foi “recebido pelo rei da Holanda, pelo primeiro-ministro do Luxemburgo, pelo Grão-Duque do Luxemburgo, pelo presidente do parlamento belga, pelo presidente da Comissão Europeia e pelo presidente do Conselho Europeu”.
“É porque dão crédito ao chefe de Estado de um país que se chama Cabo Verde”, sublinhou.
Dirigindo-se às centenas de cabo-verdianos que marcaram presença no encontro, o presidente de Cabo Verde sublinhou a importância dos encontros de alto nível mantidos durante esta sua deslocação à Europa – incluindo com o “velho conhecido” Durão Barroso, e aquele que terá lugar quinta-feira de manhã, e que reconheceu aguardar com particular expetativa, porque “rei é rei”, disse, arrancando um coro de gargalhadas –, mas garantiu que “os encontros mais gratificantes são com os cabo-verdianos que estão fora” do país.

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