domingo, 21 de julho de 2013

Felipe foi entronizado como sétimo rei da Bélgica


 

Filipe foi hoje entronizado sétimo rei da Bélgica, sucedendo ao pai, Alberto II, que abdicou do trono após 20 anos de reinado, num país marcado pelas divergências entre flamengos e valões.
O novo rei, de 53 anos, prestou juramento numa cerimónia no Palácio Real de Bruxelas, sem a presença de elementos das monarquias europeias.
O primeiro grande teste de Filipe será as eleições legislativas belgas de Maio de 2014.
O novo rei da Bélgica prometeu "intensificar o diálogo" entre belgas, divididos entre flamengos e valões, e pediu "um novo ‘élan’ de entusiasmo".
Em declaração no parlamento belga, após o juramento para suceder ao pai, Alberto II, Filipe sublinhou que colocará "toda a vontade ao serviço de todos" os cidadãos da Bélgica.
"Demos todos juntos um novo élan de entusiasmo ao país!, disse, em alemão, francês e holandês, as três línguas oficiais na Bélgica.
Perante toda a família real e representantes políticos e judiciais, o monarca jurou "observar a Constituição e as leis do povo belga, manter a independência nacional e a integridade do território" da Bélgica.
"Acabo de prestar o juramento constitucional e estou consciente da responsabilidade que me impõem. É uma promessa solene", disse Filipe, acrescentando que "daqui a alguns anos [2030] se cumprirão 200 anos do estabelecimento da confiança entre o rei e o povo belga e, hoje, essa confiança renova-se".
Numa cerimónia em que estiveram ausentes os representantes do partido separatista flamengo Vlaams Belang e o presidente dos nacionalistas de Flandres do N-VA, Filipe acentuou que "a confiança se manteve" no reinado de Alberto II, "profundamente humano, atento e comprometido como chefe de Estado".
O rei comprometeu-se a iniciar o seu reinado "com a vontade" de "trabalhar para o perfeito entendimento com o Governo e em respeito pela Constituição", assim como reforçar o diálogo entre as instituições e os cidadãos.
Filipe disse que a "força da Bélgica reside na diversidade", pelo que defendeu que se deve "dar sentido a essa força", lembrando o caráter federal da Bélgica e apelando ao consenso político.
O novo soberano, o sétimo na Bélgica, sucedeu ao pai, Alberto II, que reinou o país de pouco mais de 10 milhões de habitantes durante 20 anos e que abdicou por razões de saúde.
A monarquia belga é vista como um dos derradeiros símbolos da unidade do país, com crises políticas nos últimos 40 anos.

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