sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Polícia dispersa manifestantes no Bahrein com gás lacrimogéneo

 

 
Em dois anos de agitação civil, pelo menos 80 pessoas morreram, segundo grupos internacionais de direitos humanos, e muitos ativistas detidos estão  a ser julgados

A polícia do Bahrein disparou hoje gás lacrimogéneo para dispersar milhares de manifestantes xiitas que protestavam contra o regime sunita que governa aquele país do Golfo Pérsico.

Empunhando bandeiras, milhares de pessoas ocuparam uma via rápida que  liga várias cidades à capital Manama, gritando "Abaixo a ditadura!" depois  de duas pessoas terem morrido numa manifestação que assinalou na quinta-feira  o segundo aniversário da revolta popular da maioria xiita para reclamar  reformas democráticas.
O protesto foi encabeçado pelo xeque Ali Salman, líder do maior grupo  da oposição do país.
"O Governo não permitirá o uso de violência para pressionar as negociações",  afirmou o ministro da Justiça, xeque Khlaed al-Khalifa, coordenador do diálogo  com a oposição, que exige a transição para uma monarquia constitucional.
Durante as manifestações de quinta-feira, a polícia matou a tiro um adolescente numa aldeia perto da capital e durante toda a noite verificaram-se confrontos entre manifestantes e polícia, com um agente morto por ter sido atingido por uma bomba incendiária.
Em dois anos de agitação civil, pelo menos 80 pessoas morreram, segundo grupos internacionais de direitos humanos, e muitos ativistas detidos estão  a ser julgados.
Na quinta-feira, a Amnistia Internacional afirmou que o Bahrein "não pode continuar a prender pessoas só porque não tolera críticas".

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