terça-feira, 7 de agosto de 2012

UM CERTO CHARME DA REALEZA

As famílias reais ainda encantam os plebeus. De todas elas, a do Reino Unido é a que mais fascina
Em toda a história da humanidade, os reinados sempre foram objeto de admiração dos súditos. Esse encantamento que a realeza provoca nos plebeus reflete-se tanto no universo infantil como no imaginário dos adultos. Nos contos de fadas, reis, rainhas, príncipes e princesas são personagens cercados de magia. Fora da ficção, essa conotação glamourosa também é cultuada. Isso porque, até os dias de hoje, as famílias reais de tradicionais monarquias que existem em várias partes do mundo, ainda, são alvo de grande fascinação.

Rei Juan Carlos assumiu o trono da Espanha em novembro de 1975. Esse ano, completou 50 anos de casado com a Rainha Sophia

Hoje, em pleno século 21, há no mundo, aproximadamente, 40 países onde o regime político é a monarquia, o que representam aproximadamente 20% das nações do mundo. Em sua maioria, são monarquias constitucionais parlamentaristas. São campeãs nos índices que nos mostram o padrão de conforto e desenvolvimento.

Nas monarquias constitucionais, o rei ou a rainha têm sua atuação restrita pela Constituição nacional que impede atitudes absolutistas. Por isso, a maioria desses países é comandada de fato por um primeiro ministro e o rei ou rainha são meras figuras decorativas. O exemplo mais conhecido é o da rainha Elizabeth II, da Inglaterra, uma peça simbólica que vale mais como representação da nação do que como símbolo do poder.

A Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, ocupa o trono inglês há 60 anos e mantém intacta sua imagem , apesar das crises familiares

Mesmo nos países onde as monarquias foram abolidas, ter esta ascendência é símbolo de status social, de riqueza e de tradição. Portanto, os herdeiros de soberanos desfrutam desde o nascimento de uma posição sócioeconômica-cultural privilegiada. Nas Américas, existem dez monarquias parlamentaristas, já que são ex-colônias britânicas e, portanto, têm na chefia de Estado a Rainha Elizabeth II do Reino Unido. A maior delas é o Canadá.

Hoje, na Europa, existem ainda sete reinos (Reino Unido, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Espanha, Bélgica), três principados (Liechtenstein e Mônaco, sendo Estados independentes, e Gales, incorporado no Reino Unido), um ducado (Ilhas do Canal, do Ducado da Normandia), um Grão-Ducado (Luxemburgo), e um Estado soberano como cidade-estado (Cidade do Vaticano). Além disso, há o caso peculiar de Andorra (em que o Bispo de Urgel e Presidente da França são co-príncipes).

Reino Unido
Das monarquias atuais, a do Reino Unido é a mais badalada, estando na mira dos holofotes dos paparazzi e da mídia internacional. Apesar de todos os escândalos familiares - o maior deles foi a separação do Príncipe Charles e Lady Diana -, a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, é uma soberana respeitada em todo o mundo e mantém a popularidade em alta entre seus súditos. Ela ocupa o trono inglês há 60 anos.

Para superar o recorde absoluto do mais longo reinado da história britânica - de 64 anos, da rainha Vitória -, precisa permanecer no trono até 9 de setembro de 2015. Uma possibilidade que não está fora de cogitação já que ela parece ter herdado a saúde de ferro de sua mãe, falecida aos 101 anos, e não parece disposta a abdicar tão cedo.

Sóbria, enfrentou com serenidade as crises familiares que abalaram o seu reinado e mantém intacta sua imagem. Esse prestígio é atribuído ao seu papel como protetora da monarquia constitucional inglesa. Muitos cidadãos a consideram uma instituição britânica. Nascida no dia 21 de abril de 1926, a princesa Elizabeth de York era a terceira na sucessão do trono da Inglaterra. Tinha poucas chances de se tornar uma rainha. Mas a abdicação ao trono do seu tio, o duque de Windsor, em 1936, e a morte do seu pai, o sucessor do trono, transformaram para sempre a vida da jovem princesa. Em 1947, aos 21 anos, casou-se com Philip de Mountbatten, um primo distante. Ao que parece, foi um casamento por amor.

Um ano depois do casamento nasceu o primeiro filho do casal, o príncipe Charles, herdeiro do trono da Inglaterra, seguido por uma menina, a princesa Anne, em 1950. Aos poucos, a rainha começa a preparar sua sucessão. Ela não está se retirando da vida pública, mas apenas adaptando seus compromissos à sua idade. Gradativamente, o príncipe Charles começa a se responsabilizar por alguns deveres oficiais de sua mãe, como parte de uma estratégia de aproximação gradual do trono.

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