quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Monarquia bareinita proíbe protestos de opositores xiitas.

  
 O Ministério do Interior do Barém utilizou hoje o início do Ramadã como pretexto para proibir manifestações do movimento opositor xiita Al-Wefaq, dias após restringir os locais de protesto e proibi-los nessa capital.

  Líderes da Sociedade Nacional Islâmica Al-Wefaq, principal núcleo opositor da majoritária população xiita bareinita, assinalaram que haviam solicitado permissão para 25 mobilizações nessa sexta-feira em diferentes zonas dessa nação do Golfo Pérsico.

No entanto, o major general Tariq Al-Hassan, chefe de Segurança Pública, argumentou que "as marchas estão em linha com a liberdade de expressão garantida na Constituição", mas os protestos programados "interromperão os serviços e interesses das pessoas".

O funcionário policial também agregou que os protestos no primeiro dia do Ramadã (mês sagrado muçulmano) perseguem o propósito de "alterar a rotina diária das pessoas".

Nesse sentido, o Governo criticou alguns partidos que -segundo disse- insistem em realizar mobilizações em áreas vitais com o fim de danificar calçadas e estabelecimentos comerciais e de serviços, causar impacto negativo à economia nacional e atiçar conflitos internos.

Al-Wefaq refutou essas acusações e anunciou que realizará ações para exigir transformações democráticas nesse reino governado por uma minoria muçulmana sunita, ao mesmo tempo em que criticou al-Hassan por vetar um direito cidadão de se expressar nas ruas.

O chefe de Segurança Pública atribuiu à oposição um plano para "socavar a segurança e fomentar alegações infundadas para serem usadas na imprensa e servir a estreitas intenções políticas, além de acusar o Ministério do Interior de se opor à liberdade de expressão".

Recordou que essa dependência governamental executará a ordem de estudar a identificação de lugares que serão aprovados para concentrações e marchas, com base nas recomendações do chamado Diálogo Nacional com relação à segurança e à paz civil.

A restrição da dinastia Al-Khalifa tenta determinar quais locais oferecem as melhores oportunidades para a liberdade de expressão, sem violar os direitos dos outros ou afetar os interesses públicos e a economia, alegou o ministro de segurança.

Assim mesmo advertiu que será considerado ilegal participar em marchas fora dos locais fixados e ameaçou com ações legais aos que desrespeitem essa ordem, que exclui Manama como local onde se pode demonstrar o mal-estar com a família real governante.

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