quarta-feira, 2 de maio de 2012

BISPO DE FUNCHAL RECEBE A CASA REAL PORTUGUESA E AUSTRIACA

Na audiência como Bispo do Funchal, no Paço Episcopal, estiveram nomeadamente representantes da causa imperial e da Igreja austríacas, e D. Duarte de Bragança, entre outros. A comitiva oficial integrou um grupo de peregrinos que se deslocou ao Funchal para prestar homenagem ao Imperador e beato Carlos de Áustria, falecido entre nós há 90 anos (a 1 de Abril de 1922), e que se encontra sepultado na igreja de Nossa Senhora do Monte.
A propósito deste aniversário, D. António Carrilho manifestou em mensagem escrita, de saudação à família imperial austríaca e aos devotos e amigos do Imperador, a «maior solidariedade por esta presença tão significativa e de grande valor eclesial». Tendo ainda considerado que: «Os testemunhos de santidade do Beato Carlos de Áustria e de sua esposa, a Imperatriz Zita, cuja Causa de Beatificação já se encontra introduzida, constituem, sem dúvida, uma referência de vida cristã pessoal e modelo de família exemplar, força inspiradora para as nossas famílias.»
«São testemunhos importantes em todos os tempos e, em particular, para a Diocese do Funchal, no presente contexto do Grande Jubileu dos 500 anos da sua criação (1514-2014)», acrescentou D. António no citado texto que escreveu no âmbito do 90.º aniversário do Imperador/beato Carlos de Áustria, falecido entre nós aos 35 anos de idade. VL
In Jornal da Madeira.pt- 02-04-2012

(Os participantes nesta peregrinação foram, na véspera, recebidos pelo Presidente da Câmara do Funchal, Dr Miguel de Albuquerque e visitaram alguns dos locais mais emblemáticos da Madeira, acompanhados pelo Presidente da Real Associação da Madeira, Arq. João Paredes.
Omomento mais marcante foi no entanto a Missa de Domingo de ramos ,celebrada na Igreja do Monte, onde se encontrao túmulo do Imperador Carlosda Áustria e Rei da Hungria.Participaram mais de uma centena de membros da sua Família e numerosos peregrinos. A Guarda de Honra ao túmulo foi prestadapor membros da Guarda dos Panteões Reais e pela Guarda Tirolesa.
O "Santo Imperador", como é conhecido popularmente, morreu numa casa próxima,a 1 de Abril de 1922, acompanhado pelos seus sete filhos menores e pela sua Mulher, nascida Zita de Bourbon-Parma. A Imperatriz Zita era neta do Rei Dom Miguel I de Portugal, sendo por isso prima direita de SAR o Senhor Dom Duarte Nuno de Bragança, pai do actual Duque de Bragança.
As virtudes heróicas da sua vida ao lado do marido e a santidade nos anos em que viveu como religiosa levaram a abertura de um Processo de Beatificação.
Durante os dois anos que viveu exilado na Madeira o Imperador e sua Família foram vítimas da perseguição pelo governo radical da primeira república portuguesa. O governo inglês, responsável pelo exilo, impedia o envio de fundos à Família.
Foram socorridos por madeirenses que ofereciam alimentos, especialmente por uma família que emprestou uma casa de férias no Monte quando já não podiam pagar o aluguer da casa no Funchal. O Imperador ofereceu todos os sacrifícios a Deus pedindo-Lhe a reconciliação dos Povos do seu Império. Finalmente chegou a hora dessa reconciliação, após a queda do regime comunista que subjugou essas nações. Mas a queda da Monarquia Austro-húngara custou quase um século de sofrimentos inúteis aos seus Povos !)

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