sexta-feira, 2 de março de 2012

TURISMO NO BUTÃO

Imagine o país mais isolado do mundo, localizado a 3 mil metros de altura, no alto da cordilheira do Himalaia. Um lugar aonde a tecnologia chega devagar: a televisão existe nas casas da região desde 1999 e a economia não é medida pelos índices do Produto Interno Bruto, mas pelo índice FIB: Felicidade Interna Bruta.
É isso mesmo: o conceito foi instituído pelo rei Jigme Singye Wangchuck, com 51 anos de vida e 33 de majestade, quando assumiu o trono aos 17 anos. E a fórmula é muito simples: leva em conta uma espécie de filosofia local, baseada na igualdade. Por meio dela, acredita-se que quanto mais os habitantes de um país vivem sob as mesmas condições sociais e estilos de vida semelhantes, mais felizes eles são.
E no Butão, as pessoas são felizes sim. Também, pudera: além das condições sociais – muito simples, mas que funcionam bem demais por lá – o país é um dos tesouros naturais escondidos na Terra. E escondido mesmo: até 1974 só eram permitidas as visitas de pessoas convidadas diretamente pelo rei. A partir de 1980, o governo autorizou visitas turísticas, mas restringiu o número de visitantes por vez. É preciso fechar pacotes, pré-agendar e esperar.
E o Butão vale a visita: a natureza é exuberante, com suas montanhas, rios e lagos que oscilam entre as temperaturas baixas e o sol. Muito verde, florestas praticamente intocadas e muita paz dão ao lugar status de paraíso. Não por acaso, a região é a descrita como a mesma da lendária Shangri-lá, que seria o paraíso perdido na Terra.
Com tudo isso, ser feliz é possível. Além de viver sem grandes luxos em um dos mais remotos e belos cenários da humanidade, os habitantes do Butão vivem sob critérios definidos de felicidade. Prova de que, com igualdade, ela é possível.
Conheça os pontos de uma pesquisa realizada pelo governo local, que considera cinco pontos essenciais para avaliar o FIB:
Segurança financeira: ter o básico é essencial.
Acesso a estradas pavimentadas: em uma região tão remota, a facilidade do transporte é imprescindível para o dia a dia e para a economia local.
Educação: todos os habitantes têm acesso à educação.
Saúde: é garantida aos cidadãos.
Bom relacionamento familiar: no Butão, o amor em família é mais um dos segredos da felicidade suprema.

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