quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PELA FRONTEIRA JORDANIANA PASSAM MUITO ARMAMENTO PARA SIRIA

As detenções ocorreram em vários pontos desse estado fronteiriço com a Jordânia, e entre os apetrechos bélicos mostrados hoje pela televisão síria estão lança foguetes do modelo RPG, fuzis e pistolas de vários tipos, granadas de mão, munições diversas, explosivos.

A agência de informas SANA informa, por sua vez, que foram aprendidos também com os bandidos métodos de treinamento e de seguimento destes, planos para realizar emboscadas, mapas detalhados para ataques na província de Daraa de distintos pontos contra propriedades públicas e privadas e postos das forças de segurança.

O ministro de Estado para Assuntos de Imprensa e Comunicação da Jordânia, Rakan a o-Majali, que atua como o porta-voz oficial deste governo, expressou na quinta-feira que ocorreram operações de infiltração de armamento do território jordaniano para a Síria, e que as autoridades começaram a trabalhar para detê-lo.

O governo do presidente Bashar al-Assad vem denunciando que a partir de países vizinhos se canalizaram e se infiltram apetrechos bélicos para os grupos armados. Inclusive, o presidente disse à televisão russa que existem muitas evidências e que se investiga se existe uma conexão entre essas operações e as autoridades desses estados.

Al-Majali afirmou que um acontecimento na cidade jordaniana de Ramtha (norte deste país) serve de prova sobre esse tráfico clandestino de armamento, e que esse acontecimento não é único.

O porta-voz da monarquia que encabeça o Rei Abdullah II disse que as autoridades de Amã estão preocupadas e conscientes desse problema, e que rechaçam o contrabando de armas para a Síria.

A agência de informação Cham Press informa que indivíduos armados assassinaram o diretor da escola el-Halhoul em Me a'arrat el-Numan, na província de Idleb fronteiriça com a Turquia.

Segundo relata a fonte, o docente encontrava-se na porta do centro escolar quando dois indivíduos mascarados dispararam de uma moto.

A televisão apresentou Adham Samir Hassan Agha, outro dos chefes desses grupos preso, que confessou ter participado em ataques contra postos das forças de segurança, sequestros e assassinatos de civis, bem como também em chantagens e roubos.

Em suas confissões, disse que participou nos protestos anti-governamentais desde o início da crise por instigação do emir Abdul Bari el-Kunn, muezin da mesquita de Riyad el-Salihin por 10 dólares por cada manifestação.

Muezim, também chamado almuadem ou almuédão, é o membro de uma mesquita encarregado de realizar o chamado à oração o 'adhan' cinco vezes ao dia a partir do minarete (torre) do templo muçulmano.

Os outros integrantes do grupo de Hassan Agha, identificados como Abdul Bari, Mohammad el-Hassan, Abdul-Mon'em Kolko e Kahled Zaarour, também capturados, usaram lança-foguetes RPG para atacar pontos de controle das forças de segurança, manifestou o declarante.

Disse que ajudaram a infiltrar as armas através de el-Qseir, entre elas 10 lança-foguetes RPG, 13 rifles automáticos e três escopetas de carregamento manual. Usaram-nas também na comunidade de o-Insha'at, na província de Homs.

Em um novo informe, as autoridades sírias informaram ontem à noite da morte de outros 12 efetivos do Exército, da Polícia e dos corpos de Segurança, que foram sepultados no dia anterior.

Com isso somam-se 43 mortos desde o último domingo, quando se informou o falecimento de 16.

Entre os últimos 12 figuram o tenente coronel Salem Yunus el-Salem, de Homs, e o primeiro tenente Khaldoun Jamil Ghalieh, oriundo de Lattakia.