segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Novos protestos na Suazilândia

Centenas se reúnem na Suazilândia contra última monarquia africana
Cerca de 300 manifestantes dançaram e cantaram nas ruas da Suazilândia nesta segunda-feira no primeiro dia de uma semana de protestos contra o rei Mswati III, que representa a última monarquia absoluta no continente africano.



A Suazilândia, no sul da África, está à beira da falência por conta de uma crise financeira que gerou uma série de manifestações neste ano, exigindo que Mswati aceite uma democracia multipartidária e resolva as dificuldades no orçamento que faz o reinado lutar para manter escolas e hospitais funcionando.



Forças de segurança acompanharam a marcha desta segunda-feira, a qual as autoridades tentaram impedir judicialmente no fim de semana.



O grupo pede que o governo cobre impostos da empresa real Tibiyo Taka Ngwane, essencialmente controlada por Mswati e, segundo os opositores, usada para financiar seu estilo de vida luxuoso, incluindo palácios onde vivem suas 13 mulheres. A empresa tem participação em quase todos os setores da economia, de hotéis à mídia.



As manifestações estão sendo organizadas por uma coalizão de movimentos pró-democracia, chamada de Campanha pela Democracia na Suazilândia. Os membros esperam maior repercussão na terça-feira, quando protestos estão planejados para acontecer na cidade de Manzini. Eles acusam ainda a operadora telefônica MTN de suspender sua rede para prejudicar a mobilização.



Partidos políticos estão banidos do país desde 1973 e o rei Mswati acumula o controle do poder Executivo, Legislativo e Judiciário