quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PAPA BENTO XVI FALOU SOBRE ECONOMIA

O Papa Bento XVI falou: "A economia não pode funcionar como uma economia autorregulada. O homem deve estar no centro da economia, e este não é o lucro, e sim a solidariedade. Isso se confirma na crise atual. A economia não pode ser medida pelo máximo lucro. É preciso colocá-la a serviço da proteção do trabalho para todos".

Foi assim que o papa falou no seu primeiro pronunciamento ao chegar em Madri para participar da Jornada Mundial da Juventude, quinta-feira, 18. No encerramento do encontro, sábado, quando reuniu mais de 2 milhões de pessoas, nos arredores da capital de Espanha, o papa anunciou, com leve sotaque, que o Rio de Janeiro será a sede da próxima Jornada Mundial, que acontecerá em 2013.

Não é a primeira vez que a Eco-nomia entra nos discursos e outros pronunciamentos de Bento XVI. Ano passado, em sua visita a Portugal, o papa não escondeu a sua preocupação com a crise que abalava ( e abala ainda) a economia portuguesa. Disse falando para uma multidão concentrada na Praça do Comércio, bordejada pelo Tejo:

"A prioridade pastoral hoje é fazer de cada mulher e homem cristão uma presença irradiante na perspectiva evangélica no meio do mundo, na família, na cultura, na economia e na política".

Para o Papa (agora no seu discurso de Madrid) a atual crise acontece porque a economia está assentada numa perspectiva mercantilista, baseada no lucro e não no homem. Os protestos da juventude que vêm ocorrendo em várias partes da Europa seriam decorrentes deste quadro preocupante que se vê na Europa. A Europa tem muita responsabilidade em conduzir a Economia em direção de outros prismas.